segunda-feira, 6 de junho de 2016

Liceu de Senador Pompeu Marcionílio Gomes de Freitas
Atividade de Redação
Assunto: Artigo de opinião
Professor: Brenan | Turma: 3º ano D | Turno: Tarde

Leia o texto abaixo:

Menino de 9 anos é internado após agressão em escola
Agência Estado
O menino Marco Antônio, de 9 anos, foi agredido por cinco garotos da mesma faixa etária dentro da sala de aula e na saída de uma Escola Estadual, anteontem, numa cidade próxima à região de Ribeirão Preto (SP). Devido à agressão, ele foi internado e passou por exames de tomografia e ressonância magnética em Ribeirão Preto. Marco terá alta hospitalar amanhã e usará colar cervical por 15 dias.
Segundo a mãe, de 27 anos, o filho sofre com as brincadeiras de colegas porque é gago. Após a agressão na escola, ele não mencionou nada em casa. Dentro da sala de aula (3ª série), ele foi atingido por um soco, um tapa e um golpe de mochila. Na saída da escola, a inspetora o mandou sair pelos fundos, mas os agressores perceberam e o cercaram, desferindo socos e chutes em seu corpo.
Na manhã de ontem, Marco acordou com o pescoço imobilizado. A avó o levou à escola e os cinco agressores foram mandados para casa pela direção. Revoltada, a mãe quer processar a escola e ainda retirar os três filhos de lá — Marco é o mais velho dos irmãos. A delegada Maria José Quaresma, da DDM, disse que cinco garotos foram identificados e serão ouvidos nos próximos dias.
O caso, registrado na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), será investigado e passado à Curadoria da Infância e da Juventude. A Secretaria Estadual da Educação informou que foi aberta uma apuração preliminar para averiguar a denúncia de agressão entre alguns alunos da escola. “Caso seja constatado que o fato aconteceu dentro da escola, o Conselho Escolar vai definir as medidas punitivas em relação aos estudantes, como, por exemplo, a transferência de unidade”, disse a nota da Secretaria.

Agência Estado, 18/9/2009. (Para uso neste Caderno, os nomes, assim como outras informações que possam identificar os envolvidos, foram substituídos ou suprimidos).
Responda às questões que se seguem:

01. De acordo com as informações fornecidas pela notícia, qual foi o motivo mais provável da agressão?
02. Segundo a mãe, Marco Antônio costuma ser alvo de “brincadeiras” dos colegas. Considerando o conjunto da notícia, que tipo de brincadeiras seria esse? 
03. Na base desse caso de violência está o preconceito contra o que parece “estranho”, “fora do normal” etc. que outros casos frequentes de intolerância é possível lembrar? 
04. O que é preconceito?
05.   O que teria de ser feito para evitar esse tipo de violência? Seria possível estabelecer um consenso para todos? 
Maioridade penal
      Contra:
Redução da idade penal
      Wandyr Zafalon
 
      Quando cenas violentas se repetem e repercutem por todo o território nacional, o assunto redução da idade penal volta com intensidade. Em primeiro lugar, não podemos deixar de entender e respeitar o sentimento de perda e luto dos parentes próximos. São inteiramente compreensíveis as manifestações de revolta e intenções de vingança surgidas em momentos tão inesperados e dolorosos. Revolta e vingança são mecanismos utilizados como forma de suportar a própria dor e podem até ajudar na elaboração do luto.
      Devemos ficar atentos, quando crimes violentos comovem toda a sociedade, para não permitirmos que nossas emoções cheguem a eliminar nossa própria racionalidade.
      Ao fazermos a pergunta: Quem é esse criminoso??? Na maioria das vezes, vamos deparar com respostas que nos levarão à seguinte conclusão: somos vítimas de vítimas.
      Pensando e sentindo assim, é fácil perceber que a sociedade precisa reduzir muitas outras coisas: reduzir a corrupção, reduzir a desigualdade social, reduzir a injustiça, reduzir os políticos desonestos, reduzir a falta de educação, porque ela, infelizmente, ainda não é para todos.
      Reduzir a idade penal isoladamente é apenas um desejo vingativo que faz emergir e transparecer a nossa própria violência.
      Muito se critica o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente. Porém, o mesmo já existe há mais de uma década, e pouco, muito pouco, saiu do papel. Nenhum governo (federal, estadual ou municipal) colocou em foco, como prioridade, os direitos que nossas crianças e adolescentes adquiriram e merecem. Os setores mais conservadores da sociedade criticam os defensores do ECA, que só enxergariam os "direitos". Mas esses direitos são tão básicos e elementares que mostram o tamanho do descaso com as causas sociais de nosso país. O estatuto quer toda criança e todo adolescente na escola; no esporte; nas artes; no meio de famílias com renda suficiente para proporcionar uma vida digna e qualificada.
      Enquanto tudo isso não vier, reduzir isoladamente a idade penal é se vingar, dos outros, por um crime cometido por nós mesmos. O não cumprimento de nossa parte, enquanto sociedade, é talvez mais violento do que a própria violência.
      Wandyr Zafalon Junior é psicólogo-clínico, em Araçatuba (Folha da Região, 25/11/2003) 
      A favor
      93% dos mineiros são a favor da redução da maioridade penal
      Rodrigo Lopes
      BELO HORIZONTE - Uma pesquisa realizada de 12 a 18 deste mês em Belo Horizonte, mostra que 93% dos mineiros são favoráveis à redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. O Instituto Olhar ouviu 1200 pessoas, apenas 6% se manifestaram de forma contrária e 0,5% não sabem ou não responderam. A discussão sobre o tema ressurgiu após o assassinato do casal Liana Friedenbach e Felipe Caffé, que teria sido comandado por um adolescente de 16 anos, em Embu-Guaçu, na Grande São Paulo.
      O diretor do Instituto Olhar, Rodrigo Mendes Ribeiro, disse que resultado da pesquisa a influenciada pelo assassinato dos estudantes paulistas. Na pesquisa foram ouvidos moradores de nove regiões de Belo Horizonte, Oeste, Centro-Sul, Leste, Noroeste, Barreiro, Nordeste, Norte, Venda Nova e Pampulha, sendo 133 em cada uma delas. A margem de erro é de 2,9%. 28,4% dos entrevistados têm idade entre 20 e 29 anos; 23,9% entre 30 e 39 anos; 18,8% entre 40 e 49 anos e o mesmo percentual acima de 50 anos. Apenas 10,2% dos ouvidos têm entre 16 e 19 anos.
      A maior parte dos entrevistados, 39,8% tem grau de escolaridade médio, seguido do fundamental (5ª a 8ª série), 28,7% e 1ª a 4ª, 17,8%. Com ensino superior, manifestaram sua opinião 9,5% e sem estudos, 4,3%. (Jornal do Brasil, 23/11/2003) 
      Proposta de redação
      Depois de ler os textos acima, redija um texto dissertativo de 30 linhas, emitindo sua opinião a respeito da maioridade penal. Faça rascunho, coloque título. 
 

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